"Que possa o Senhor estar entre nós enquanto estivermos separadas umas das outras."

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Projeto: Um Jovem Custa Muito Pouco

Queridas Filhas,

A idéia de trabalhar o livro Um Jovem Custa Muito Pouco, de autoria do Pe Zezinho, scj consiste em a cada 15 dias termos um momento de troca de informações, conhecimentos e opiniões sobre assuntos que estão no dia-a-dia de cada uma de vocês. Quando li esse livro pela primeira vez me encantei logo nas primeiras páginas devido a simplicidade das palavras e ao mesmo tempo a sua veracidade, dividi-lo com vocês foi uma idéia que me surgiu como prova do carinho que todos nós do Conselho lhes dedicamos. E usando as palavras do próprio Pe. Zezinho esse projeto pode não ter lógica e talvez nem tenha utilidade. Mas está aí, sendo realizado e com muito amor. Enfim esperamos com esse estudo poder fazer a diferença não só na vida de vocês, mas sermos lembrados antes de GRANDES decisões que vocês precisem tomar.

Abaixo segue a primeira mensagem deixada no livro e que é de uma beleza, de uma doçura e de uma verdade indecifravéis e que talvez justifique todos os nossos esforços por uma juventude mais centrada e mais feliz.

Bei-Jó!

Tia Jacy e Tio Ailson





UM JOVEM CUSTA MUITO POUCO
PE ZEZINHO SCJ

Edições Paulinas

1982

Um jovem custa muito pouco.

Eu não sabia disso ate o dia em que, depois de tanto haver trabalhado pelos meus irmãos mais novos, achando que fizera muito por eles, e pensando que entendia o suficiente de juventude, um rapaz muito simples, e uma garota mais simples ainda, ao me verem carregando duas malas num aeroporto de algum lugar da terra, se aproximaram, pediram licença e, sem falar palavra alguma, levaram minhas malas ate o terminal, depositaram-nas junto ao guichê e me desejaram boa viagem dizendo:




- Wherever you may go, Sir, Please, let your people know that we, young people would like a world where everyone would be able to waste some time, helping those whose hands are too busy to bring peace.



- Onde quer que o senhor se destine, por favor, diga ao seu povo que nós os jovens sonhamos com um mundo onde cada qual seja capaz de perder tempo ajudando aqueles, cujas mãos estão ocupadas demais para fazer a paz.




Não sei quem os motivou a isso, mas acertaram na escolha.



Eu aprendi que, por mais que se faça pelos jovens, nunca se faz o suficiente, porque eles são menos finitos do que parecem.



E foi então que eu disse a mim mesmo:



- Um jovem custa muito pouco, um pouco de muito amor.



PE Zezinho, scj.






Meu livro não terá ordem nem lógica. E talvez nem tenha utilidade.



Mas está escrito. E com muito amor.



Dedico estas reflexões aqueles jovens que um dia sonharam comigo, ao lado de tantos outros, mil sonhos de amor e paz para a juventude e que agora, de Jesus Cristo não conservam nem sequer a lembrança.



Eu tive a ilusão de haver feito deles os novos amigos de Deus em quem acredito, provavelmente falhei em algum estado da Jornada.



Que Deus me ajude a ser mais honesto com os outros que um dia se declararem amigos meus e amigos dele.







E se um dia, por uma dessas reviravoltas da vida, eu pudesse ter em mãos uma revista de 5.000.000 de assinantes, um jornal de 2.000.000 de leitores, um programa de radio que todas as emissoras católicas resolvessem transmitir, a chance de produzir um filme, que fosse rodado um dia depois de qualquer dessas fitas pornográficas, que uma arte decaída e a busca do dinheiro coloca em nossas telas...



Se a utopia contrariasse seus caminhos e me colocassem em contato com todos os jovens do meu tempo e do mundo em que vivo, eu provavelmente começaria dizendo as coisas que agora eu passo a registrar nesse livro. Depois diria muito mais ainda.



Como não acho imprudente esperar que o impossível aconteça, resolvi mais uma vez, falar aos jovens que tem tempo de ouvir um adulto e ainda por cima – padre católico. Escrevi mais um livro. Talvez atinja cinqüenta mil jovens. Talvez não consiga nem mesmo isso.



O que passo a escrever para vinte ou cinqüenta mil jovens é o que eu diria de mil maneiras para todos os jovens do meu tempo, se por acaso eu soubesse e pudesse me comunicar, como tanta outra gente que conseguiu muito mais do que eu e quase nunca se preocupa em dialogar com a juventude. Enfim, comunicar não é atingir milhões, mas servir, simplesmente servir. Por isso aqui eu vou de novo.



O Autor.

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